segunda-feira, 3 de março de 2008

Para Jovens, Velhos, Jovens Que Pensam Como Velhos, Velhos Que Pensam Como Jovens...

Volta das “Férias”: endividado até o pescoço

E lá estava eu no aeroporto de Curitiba ultrapassando a máquina de Raio-X e esperando que as minhas sacolas da Calvin Klein e da Loja Vírus passassem pela máquina, quando alguma coisa apita e a mulher manda eu parar. Sinceramente, o negão do lado parecia que tinha colocado a mão no bolso, desconfiei que fosse uma arma, mas logo vi que ele estava coçando alguma coisa (?). Pensei que eles não levariam a sério uma sacola com o nome Vírus (única loja do Brasil a vender só All Star’s), mas o problema era justamente com a sacola da CK. A mulher do lado monitor, com um ar de Super Nanny “versão-mais-séria 2.0”, olha pra mim e afirma categoricamente, “Tem um abridor de latas na sua sacola”. E eu mais categoricamente ainda “Não!”. Ela sem mudar a expressão, “Tem sim”, e eu, “Não, não tem, eu não botei nenhum abridor de latas aí não”.

Depois do 11 de setembro, andar com qualquer coisa q tenha ponta, inclusive agulha de tricô, é um perigo a segurança nacional, imagina um abridor de latas então, seria a mesma coisa que um atentado com Antrax. Então aquilo vira um embate, Samuel Bryan versus a Maligna Megera da Visão Raio-X. Ela então, com um olhar de “ah, é mesmo?” diz, “Dê a volta aqui por favor". Eu piso firmemente no chão e ao ficar do lado dela observo minha sacola com todo o conteúdo em amarelo, porém, no fundo, em um lindo contraste de azul escuro, brilhava a forma anatômica de um... abridor de latas. Enquanto a minha reação natural foi a de ficar sem reação, eu imaginei que na cabeça dela, a mulher devia estar gritando “Peeeega, filho da puta”. Ai eu escuto a voz da minha avó (que pareceu pousar no aeroporto apenas naquele momento), “Aaaah, fui eu que coloquei esse abridor aí”. Tive vontade de gritar! O negão sorriu pra mim, “Pode pegar sua sacola, ta liberado”. E em silêncio sai sem nenhuma dignidade, imaginando que o Negão e a Vaca do Raio-X ririam horrores de toda essa situação no Happy Hour.

Na conexão em Brasília, decido duas coisas: 1º- Nunca mais viajar de avião sem livros, vídeo games ou mp3, 2º- Já que eu deixei tudo isso na mala, iria comprar uma revista. Como na livraria não tinha Men’s Vogue, eu depois de muito analisar, resolvo comprar pela primeira vez, uma Rolling Stone. A curiosidade da matéria de capa foi o que mais me impulsionou a compra. No avião, eu leio a entrevista com Johnny Depp e tipo, acho que foi o pior entrevistador que eu vi em anos. Simplesmente pela leitura dava pra se perceber que a condução da entrevista não era das melhores, não era bem trabalhada. O que salvava é que o Depp é foda, então não importava se o entrevistador não sabia muito o que tava fazendo, Depp foi capaz de transmitir tudo o que era necessário ainda assim, mesmo que em alguns momentos me parecera mais uma entrevista de respostas mecânicas, dessas que os artistas dão em 9 de cada 10 entrevistas. Tipo, já não havia gostado da Rolling Stone. Mas não acabou por ai.

Rolling Stone: onde numa mesma edição você encontra Radiohead, Bob Dylan, NXZero, Sandy e Junior, Johnny Depp e Mônica Mattos (a rainha do pornô brasileiro)

A matéria de capa (que tanto me interessou) anunciava, “O Futuro da Música Pertence a Thom Yorke e ao Radiohead”. Eu não vou entrar em momento nenhum no mérito da música do Radiohead, que diga-se de passagem, eu não gosto. Ouvi algumas musicas deles em 2005, a melodia não agradava meus ouvidos e as letras me remetiam a uma banda de disco de estréia, e não de um grupo indie tão cultado. O problema era realmente a entrevista. O filme Quase Famosos retrata bem o que eu vou dizer agora. Ele conta a história de um garoto meio nerd que embarca na turnê de sua banda favorita para escrever uma grande matéria para a Rolling Stone, num quase road movie, cheio de acontecimentos fortes na vida do garoto que “nunca imaginara aquilo para a sua existencia”. Típico! Ao que parece, a relação dos entrevistadores da atual Rolling Stone com os músicos da atualidade, se tornou algo tão fragilizado e superficial como o próprio cenário do mercado fonográfico (que o último álbum do Radiohead balançou mais do que o cenário musical em si). A condução da reportagem em momento nenhum parece demonstrar explanação sobre o argumento da capa. Por que o futuro da musica esta nas mãos do Radiohead mesmo? A resposta você não vai encontrar claramente na Rolling Stone, no máximo, apenas uma afirmação de “Banda de rock mais importante do mundo”. Não há clareza. E mesmo o mundo da musica sendo repleto da falta de clareza, numa matéria jornalística que afirma algo claro, você tem que saber explanar. Parece que James Dimmock mais preferia se tornar um amigo da banda que em conversas de pubs caros em Lodres faria questão de ser conhecido como o “grande James, amigo de musicos de calibre, como Thom Yorke”, do que um jornalista interessado em escrever uma matéria que realmente demonstre o porque de afirmações tão fortes como estas, igual ao personagem de Quase Famosos.

A minha decepção com a Rolling Stone foi gigantesca. Porém, algumas páginas depois me deparo com uma entrevista de 1969 com Bob Dylan. Ah, eu me deleitei. Jann Wenner não só conduziu extraordinariamente a entrevista com um dos maiores ídolos da história musical, como ele foi capaz de fazer com que nas respostas a suas perguntas, Bob Dylan transparecesse a sua alma. Ele era foda. Dylan tinha noção de que sua musica mexia com o mundo, mexia com os jovens, era o símbolo da contracultura de sua geração e que só não gritava mais que o trabalho dos Beatles. E ele tinha noção da pressão enorme que isso fazia a ele, pressão que o próprio Wenner deixava claro em suas perguntas e afirmações. Mas Bob Dylan se mostrava receoso a tudo isso, ao mesmo tempo em que parecia se controlar para não se mostrar assustado diante de todo esse fardo. Ele só queria cantar, ele só queria mostrar ao mundo a sua obra e sentir que ela tocava a todos. Como ele mesmo disse, por causa de tudo isso, ele se vê como tudo também, “como homem casado, poeta, cantor, compositor, guardião, porteiro... Tudo isso. Serei todos.”

A Rolling Stone atual pode não ser das melhores, mas vendo aquela matéria de 1969, pode-se botar fé de mudanças igual Bob Dylan colocava fé de mudanças no mundo de sua época, mesmo que elas não tenham acontecido.

A minha lista de decepções de começo de ano (porque no Brasil o ano só começa mesmo depois do carnaval) se estendeu pelo cinema também. Em São Paulo fui assistir o tão cultado, Juno. O filme conta a história de Juno, jovem fora dos padrões de garotas americanas de 16 anos, que engravida de um “levemente retardado mental que eu esqueci o nome”, ela não quer o filho, mas desiste do aborto e encontra um casal para adotar a sua criança. O filme é bom, tem diálogos maravilhosos e muito bem trabalhados, e diferente da maioria dos filmes atuais de Hollywood, tem coração, um coração tocante até, o momento em que o “quase retardado” se encontra com Juno no hospital após o parto, mesmo sendo uma cena sem diálogo, é capaz de emocionar qualquer um. O que não me saiu da cabeça foi, “por que esse filme ta concorrendo ao Oscar de melhor filme mesmo?”.

Em 2004 assisti o pouco comentado Galera do Mal, e para mim, sua comparação a Juno é mais do que inevitável. O fato é que Juno se torna uma obra muito mais aprimorada que Galera do Mal (onde uma adolescente que estuda numa escola cristã, ao descobrir que seu namorado é gay, tenta “salva-lo” e acaba engravidando. Detalhe: o melhor amigo dela é o Macaulay Culkin interpretando um garoto cheio de humor negro numa cadeira de rodas). O problema de Galera do Mal são os diálogos e as interpretações, no qual Juno vence de longe. Ainda assim, Galera do Mal tem um carisma maior por sua ideologia e críticas, disfarçadas numa história que parece boba, mas que definitivamente não é. Mas decepção mesmo eu tive com Eu Sou a Lenda, achei tão ruim que nem consigo falar desse filme.

Galera do Mal: “Juno no Oscar!? Cadê meus créditos?”

Já que eu falei do Oscar, lembrei que assisti Onde os Fracos Não Têm Vez no Cinemark de Curitiba. É muito comum eu esquecer que tenho 19 anos, comum mesmo, mas Onde os Fracos Não Tem Vez me lembrou a todo momento qual é a minha idade. Motivo? É difícil de explicar, mas não importa o quanto você seja um jovem com uma cabeça madura, se achando um velho de 80 anos mentalmente, Onde os Fracos Não Têm Vez não é um filme feito pra jovens, e vou além, de certo modo, ele parece desprezar a juventude. É um filme para pessoas com a real experiência de vida, com a marca dos anos no couro, para pessoas que saibam o que a vida adulta (e suas frustrações, decepções, falta de fé e compaixão) são capazes de fazer a mente. A “obra prima” dos irmãos Coen não me soou como obra prima, porque ela mostrou “meu lugar” e me desprezou, mas acho que daqui a vinte anos, quando eu assistir esse filme de novo numa seção “o melhor dos anos 00 (que não teve tão melhores assim)” eu vou achar Onde os Fracos Não Têm Vez foda pra caralho.

Nem só de decepções o começo do meu ano se alimentou é claro, na minha cirurgia tudo ocorreu bem (to todo inchado, dolorido, inflamado, sem poder fazer movimentos bruscos por uns 15 dias, mas ta tuuudo bem). E ainda teve São Paulo, com seus pequenos momentos de delícia pura, como a sessão de DVD’s da Fnac, o chocolate quente e amigos no Fran’s Café, uma companhia doce até nas discussões em pleno metrô, e lógico, a Bubu Lounge, que mais que uma buaty, é um templo de som, onde por pelo menos cinco horas, eu esqueço totalmente de todo o mundo fora de suas paredes.

21 comentários:

MatheusS disse...

Tá, agora me conta o que diabos o tal abridor de lata estava fazendo na sua sacola!! Oo

Vou tecer meus comentários por tópicos (objetividade é uma das minhas particularidas, huehe).

Radiohead: Um saco!

Dylan: Tá tão velhinho o bixinho..

Rolling Stone: Apesar de não empolgar tanto assim, tem lá seu mérito.. gostei bastante quando soube que teríamos uma edição brasileira.

Cinema:
Meu blog -> 02- Ontem finalmente asissti o filme 'A Encantadora de Baleias', estou sem entender até agora a indicação daquela menina ao Oscar de Melhor Atriz ¬¬

Teu blog: O que não me saiu da cabeça foi, “por que esse filme ta concorrendo ao Oscar de melhor filme mesmo?”.

Não foi plágio, juro!! AHUAHUh

Até maaais o/

Thiago da Hora disse...

aeee!!! agora tenho o que contar pelo resto do ano: você e o abridor de latas. HAHAHAHA

achei "juno" um pouco fora de uma realidade aceitável. sei que é cinema, e tudo é possível, mas aquela reação dos pais da garota quando souberam da gravidez me incomodou. aquilo é praticamente impensável.

e a bubu, eu sempre digo, é o paraíso. o lugar onde esquecemos de tudo e de todos. onde o que importa é sua diversão. o lugar onde você levita ao som do house e vibra ao show de laser. bubu é TUDO!

MH disse...

Antes de mais nada, value mesmo pela visitinha no meu blog.
Não custra nada agradecer quem perde seu tempo lendo as bobagens que escrevo. Rsrs. Aí, vim retribuir a visita e quando eu vi o tamanho do texto, pensei…caraca…eu nunca vou ler tudo isso. E não é que eu li. Daí vem a maxima: NAO EXISTE TEXTO GRANDE. EXISTE TEXTO BOM E TEXTO RUIM. E na boa, o seu texto é bom pra caralho. E se você de fato tem 19 anos é surpereendente. Parabéns! (a úncia coisa que eu faria era dividir a informação em uns 4 posts diferentes…porque tem muiiiiiiiiiiiiita informação…e muita informação legal pra cacete.

MH disse...

Primeiro o lance da loja que só vende all star. Eu não sabia…muito legal isso.
Qto a Rolling Stone , eu gosto bastante, mas tem algumas materias que me cansam um pouco, também. Mesmo assim eu curto.

Os filmes do Oscar ainda não vi. Mas acho que tambem não devo me surpreender muito. E fica a pergunta no ar: PQ diabos esse filme ganhou??????

Por fim, a historia do abridor de latas foi genial.
Grande abraço (e mil desculpas pela pretensão de querer dar dicas. É que curti muito o texto). ABRAÇOSSSSSSSSSSSSS.

Frederico Oliveira disse...

Só consegui ler até a parte do abridor. Achei a sua avó muito pertinente no quesito "surpresa". Ainda bem q foi algo simples... a lei de Murphy tá aí pra lascar mesmo...

;-)

Anônimo disse...

Amor... me encanta a maneira que vc consegue "por no papel" as situações... incrível como vc imprime a mesma emoção quando "fala pessoalmente"... o post está incrível!
Vc e essa sua capacidade de misturar tudo e ainda assim se aprofundar no que vc quer...

p.s.: qto ao meu blog, vc sabe q eu mais q ninguém acredito q criança tem q ser criança... a "fota" só está lá pq as achei fofas =P

Anônimo disse...

Ok! Agora você tem que explicar por que tinha um abridor de latas na sua sacola da Calvin Klein????

Olha, tem tanta gente falando do Juno que chega a irritar! Eu ainda Não vi, mas todo mundo ama o filme e a trilha sonora... eu só sei que quando eu assistir vou ter uma sensação semelhante à que tive com o Closer: todo mundo falou tanto que eu achei o filme, no máximo, OK... parece que com você foi a mesma coisa.

Estou doido para ver um filme com o Culkin que não seja o Esqueceram de Mim...

Beijos querido!

osátiro disse...

episódios muitom frequentes.
A segurança hoje én terrível.

Gildson Goes disse...

tipo, sei que tu é mão de vaca pra cacete, mas

Já quero esses exemplar de A Dança da Morte emprestado.

Ajude amigos menos favorecidos que não podem bancar um livro de mil página.

Por favor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Near

Sol! disse...

PORRA
se tú não me chamar pro seu rolezinho paulistada próxima vez q estiver por aqui eu juro que vou pessoalmente até o Acre te dar uma sapatada na cabeça
huahauhauhuha
bjocas

e melhorassss

Vico Vinhal disse...

enfim
preciso ver todos esses filmes!
e seus amigos do frans café? eram cátinhos?
ajioejaioeiojeioajioee

Veriana Ribeiro disse...

saudades menino!!!

pois bem, adorei o texto e quase morro de rir com a historia do abridor, ainda me perguntando porque diabos ele tava numa sacola da CK.

Eu ate que comprava a Rolling Stone, mas fiquei muito sem saco. As materias eram enormes e desinteressantes, mas essa que quero por causa da entrevista com o Johnny, mas eu sempre compro qualquer coisa com ele.

Ah, to morrendo de vontade de ver Juno, vi uns trechos e adorei os diálogos. O que os pais dela descobrem q ela ta gravida me matou de rir "Eu achei que ela tiveasse usando drogas ou algo assim, nunca imaginei algo desse tamanho" kkkkkk

Quando descobri o tema do filme, não pude deixar de fazer a comparação com Galera do Mal, que eu adoro. Morro de rir com a menina falando sobre a virgem Maria "Quer dizer, não é como se eu não acreditasse, mas seria uma otima desculpa. Pena que nunca mais podera ser usada"

Queria ver o filme dos Frascos (XD preguiça de digitar tudo)...

Esse novo cd do Radiohed é bom, mas me deixou entediado em algumas faixas. Mas eu gosto muito da banda e os outros cds são fodas. Mas é uma questão de opinião, não é?

beijos nino, estou doida pra ouvir suas historias da viagem.

Veriana Ribeiro disse...

porra, aquilo é o DVD de Mika?? Eu queeeeeeero. Já pode tratar de fazer uma copia pra mim!

ThiagoMelo disse...

vamos ligar os turbos de nossas mentes/submentes e viver powersonhos!

Anônimo disse...

Eu também lí as reportagens prestando atenção principalmente nos repórteres... e achei bem ruinzinho! Acho que ficou claro o título de capa e a matéria sobre a Radiohead, mas o foda mesmo é a maneira que a entrevista foi conduzida, feita de qualquer jeito... páginas e páginas que não diziam nada. O que eu gosto mesmo na Rolling Stones são algumas fotos e o tamanho diferente que ela tem, porque de resto não acrescenta em nada. E eu não gosto de Bob Dylan nem Beatles. Ainda bem que Beatles já foi e Dylan pode continuar vivo porque ninguém cultua muito e quase não se ouve também. Amém, amado?
kkkkkkkkkkkkk
o/
Melhoras!

MH disse...

E ai rapaz...passei pra ver se tinha algo novo por aqui.
Eu coloquei um novo post la..talvez voce curta..ou nao..sei le
rsrs
bom fimde semana.

Menina de óculos disse...

ADOREI a história do abridor...
Vc consegue misturar mais histórias do que eu no mesmo post...


bafão seu blog!!!!


bjsss

Stephany Belleza disse...

Que bom que deu tudo certo na sua cirurgia!!

E é por essas e outras que eu só leio a superinteressante...

eu acho q esse tipo de revista só faz a gente se sentir feio! ><

Beijos e obrigada por sua visita!!

MH disse...

Tem preminho pra voce no meu blog.

Aleta disse...

Bom gosto todo mundo tem um né amigo impossível ser igual ... mas concordo contigo em algumas idéias ... Eu sou a Lenda - realmente não tem comentário .. um saco, ruim, só salva a trilha sonora do Bob Marley ... bom quanto a Rolling Stone, realmente a atual é uma revista vendida em todos os termos, uma b... com B maíusculo ... bom quanto a Juno, quero ver ainda ... quanto Bob Dylan, um ídolo, mas ao contrario de você amo Radiohead, alguns álbuns são chatos, mas outros um rock melódico psycodélico, eu curto isso ... e escuto muito ... mas enfim, gosto é gosto e defendo um pouquinho do Radiohead. Beijos vamos marcar de sair para conversar!

Menina de óculos disse...

Ei, Samuel!!!
Atualiza aqui o babadinho...

tu bomba sem atualização...imagina se tu começar a postar diariamente...o que será que vai acontecer????

bjim