Eu: Eu continuo não achando uma boa idéia estar aqui.
Polly: Pára de achar, Samuel. Seja homem.
Eu: Ok, mas com o medo que eu to, avise se eu estiver conseguindo.
Polly: ¬¬
O vidro abaixa, a traveca aparece.
Traveca: Olha benhê, sou ativa, passiva, versátil, faço chuva dourada, lua marrom, gozo nos seus peitos se você quiser...
A traveca me vê no lado do co-piloto.
Traveca: Opa... já vou logo dizenduo que pra casal é o dobro.
Eu: Ei, está havendo um pequeno engano aqui...
Polly: É! Não é nada disso que você esta pensando.
Traveca: Ah, intendí! Ele vai só dá uma zoiadinha, né? Saquei! Essa cousa voieur não minha praia, mas eu aceito, belez?
Polly: Nós não estamos atrás de programa, nós só queremos fazer uma entrevista com você.
Traveca se debruça no vidro, os olhos brilham.
Traveca: Sério, maninha? É pra Prayboy?
Polly: Não!
Traveca: Fantástico? Sempre quis sair naquelas matérias sobre a virda fácil não ser tão fácil assim...
Polly: Hum... não!
Traveca (já desconfiada): Gazeta Alerta?
Polly: Também não?
Traveca: astravecasmaisgostosasedotadas.com.br?
Eu: Oh, meu Deus!
Polly: Beeeeem... nããão.
Traveca: É pra que então, heim filhinha?
Polly: Pra minha monografia!
Momento de silêncio.
Traveca: Que é isso?
Polly: É um negócio da universidade...
Os olhos da traveca brilham de novo.
Traveca: Mininaaaa... cê eu ti contá que eu quase entru na faculdadi...
Eu: Ah é... e porque não entrou?
Traveca: Purque o Tonhão, na época que eu estava fazendo pograma no bar dele, encanou que eu devia estar realizando um curso de massagi invés desse negócio de vestibular. Tonhão chegava logo espancando quando ouvia esses papos. A gente ia estar dando um jeito, mas não rolou, sabe?
Eu: Fazendo... Realizando... Espancando... Dando... Eu acho que ela daria uma ótima atendente de telemarketing.
Polly: Ok, eu desisto. Pega 20 reais que eu to vazando.
Traveca: Gradicida! Boa sorte na manugrafiti.
Esse papo nunca aconteceu de verdade, mas o pior é que poderia ter acontecido sim.
Essa também é uma pequena homenagem a minha amiga Pollyana que pegou o facílimo tema de prostituição pra dissertar na monografia dela.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Qual A Semelhança Entre Zumbis Canibais e Mulheres Muito Feias?
Sim, eu vou falar de zumbis de novo. Sim, zumbis no contexto da cultura pop é um assunto que me excita. Não, parem agora de imaginar merda. Afinal:
“- Qual o privilégio dos mortos?
- Não morrer mais.”
Alphaville – de Godard, para, Otto; or up with dead people – de Bruce laBruce
Aliás, falando em zumbis, vem aí mais um Big Brother. E Deus sabe que o Brasil é um dos poucos países em que essa maravilhosa “novela da vida real” chega a sua nona edição. Ok, eu vou me gongar agora, mas eu acompanhei a primeira edição do começo ao fim, gostei, admito e o primeiro que vier me chamar de alienado por isso vai ter que demonstrar em documentos que nunca acompanhou sequer um episódio de uma novela global, uma mexicana ou pior (Jesus tenha piedade da televisão brasileira), Os Mutantes. Porque é muito fácil você dizer que o Big Brother é uma coisa para pessoas aculturadas, mesmo sendo algo extremamente idiota e você se apoiar nisso para parecer o intelectual.
E foi na terceira edição que eu tive um lapso genial. E se o Jason entrasse no estúdio dos brothers, matasse todos os câmera-men, diretores, apoio (sim, ele seria capaz de fazer isso sozinho e andando a 2,5km/h), depois entrasse na casa, que já estaria abandonada apenas com as câmeras automáticas e matasse um por um os participantes ninfomaníacos/anoréxicas/ siliconadas/sarados, ate que ele morreria nas mãos do último casal vivo e sua máscara de hóquei afundasse nas águas de Crystal Lake, quer dizer, da piscina cheia de cloro da casa? Cara, ia ser demais.
Ninguém pensou nisso junto comigo. Mas vai sair um remake do primeiro Sexta Feira 13 no ano que vem, e eu tremo todinho nas bases quando penso nisso. O trailer parece muito bom, mesmo que as vítimas novas pareçam coelhinhas da Playboy e integrantes do Fall Out Boy. Não que eles não mereçam morrer, mas em filmes de terror fica difícil odiar o assassino quando você torce pela morte de todo mundo. Enfim, não tiveram minha idéia de misturar o Jason com o Big Brother, mas na Inglaterra, alguém foi muito além da minha concepção e ganhou minha gratidão eterna, misturou o Big Brother e uma epidemia de zumbis canibais em um único local. Confinados numa casa, se zumbis sedentos por sangue surgissem, nossos brothers seriam os últimos a saber.
Essa é a premissa de Dead Set. Série em 5 episódios que conta como o isolado estúdio do Big Brother não observa os sinais televisivos de que algo está muito errado em todo o país, e durante a eliminação de uma participante (com todo aquele povo a la Bial) a infestação chega e em cenas memoráveis, mesmo com péssimas atuações, os zumbis aos poucos vão se multiplicando e morre todo mundo. As cenas dos controladores de VT sendo assassinados, alguns até em cima de suas ilhas de edição, com o sangue respingando nas telas, enquanto os brothers dançam Grace Kelly de Mika (sim, Mika tocando durante o melhor momento da carnificina), além da apresentadora tendo o pescoço destroçado, um zumbi atacando um cadeirante de rodas, e as editoras gritando para o chefe filho da puta abrir a porta, ele não abre, e no vidro da porta o canalha observando elas sendo devoradas, são simplesmente incríveis.
Isso tudo apenas no primeiro episódio. No segundo temos participantes de um Big Brother que não sabem de nada do que aconteceu, mesmo que os espelho do lado do estúdio na casa estejam manchados de sangue. Lógico, do lado do estúdio, sobrou uma personagem, a estagiária que serve o café (sempre os estagiários) e ela vai se refugiar no único lugar que parece seguro, a casa. E então, os brothers se tornam realmente os últimos a saber. Ainda não terminei de assistir Dead Set, mas só de lembrar eu me arrepio todinho. Não de medo, mas de excitado.
Aliás, eu ando assistindo menos filmes na minha vida e mais séries. Não que eu tenha deixado minha maior paixão de lado, pelo contrário, o cinema sempre será meu maior amante, mas o momento de séries no mundo anda bastante bom há quase uma década. Meu vício atual é nas hilárias Desperate Housewives e Ugly Betty.
Desperate Housewives talvez seja o Sexy and the City as avesas, mulheres belas, gostosas, inteligentes e poderosas que apenas se dedicam a cuidar do lar, da família e viver uma vida comum. Com essa idéia, Desperate se torna fantástica por abordar que vidas comuns não existem, todos temos segredos, perversões, fantasias, mistérios e, principalmente, passado. A primeira temporada é genial, as outras são muito boas. É leve mesmo quando deveria ser pesada e me faz dar altas gargalhadas com seu humor negro. Talvez seu maior defeito seja a politização, é visível que todos lá são republicanos e votariam no McCain.
E em contrapartida temos Ugly Betty. A versão americana de Betty, a Feia, que venhamos e convenhamos, quando lançada em 2006, ninguém acreditava que daria certo. E deu, até demais. Com essa eu gargalho. Os primeiros episódios tiveram a idéia de copiar descaradamente um clássico do novo cinema pop, O Diabo Veste Prada. Se bem que eu diria parodiar. Betty é doce, companheira e ótima empregada. Mas é mais feia que um zumbi e causa tanto terror quanto um quando passa. Os roteiristas tiveram a brilhante idéia de misturar o glamour americano com a perspectiva dos países latino, que vai desde o bairro de Betty, tipicamente porto riquenho, as novelas que seu sobrinho assiste. E incrivelmente, todos os personagens possuem fortes personalidades e se tornam destaques, coisa rara.
Betty me dá saudade de filmes de zumbi, mas saem poucas coisas por ano. Eu assisti Doomsday, que parecia ser um filme de zumbis, mas que se mostrou ser uma piores coisas que saíram ultimamente. Sua fórmula é: Los Angeles - Cidade Proibida encontra Mad Max que encontra O Senhor dos Anéis. Viajou na maionese legal pra não chegar em canto nenhum.
Minhas esperanças de filme de zumbi estão no comentado anteriormente, Otto; or up with dead people. O problema é que esse é um filme de Bruce laBruce, então é o tipo de filme pra chegar com jeitinho, devagar, sem desejar saber o que você vai ver na tela. Já li críticas dizendo que assim como Todo Mundo em Pânico é uma sátira de filmes de terror, Otto é um tipo de bizarra sátira a filmes experimentais, vanguardistas e cults, por isso a citação de Godard e não alguma de George Romero. Além disso, dizem que é um filme que mistura zumbis, com pornografia, movimento punk e um filme dentro do filme. Dizem as más línguas que é difícil inovar no tema de zumbis, mas eu acho mentira. Eles são um dos maiores ícones da cultura pop de massificação e sempre serão.
Assim, aguardo ansiosamente os episódios finais de Dead Set e o lançamento de Otto, enquanto a minha idéia genial de misturar Jason com o Big Brother não brota na cabeça de um roteirista hollywoodiano.
“- Qual o privilégio dos mortos?
- Não morrer mais.”
Alphaville – de Godard, para, Otto; or up with dead people – de Bruce laBruce
Aliás, falando em zumbis, vem aí mais um Big Brother. E Deus sabe que o Brasil é um dos poucos países em que essa maravilhosa “novela da vida real” chega a sua nona edição. Ok, eu vou me gongar agora, mas eu acompanhei a primeira edição do começo ao fim, gostei, admito e o primeiro que vier me chamar de alienado por isso vai ter que demonstrar em documentos que nunca acompanhou sequer um episódio de uma novela global, uma mexicana ou pior (Jesus tenha piedade da televisão brasileira), Os Mutantes. Porque é muito fácil você dizer que o Big Brother é uma coisa para pessoas aculturadas, mesmo sendo algo extremamente idiota e você se apoiar nisso para parecer o intelectual.
E foi na terceira edição que eu tive um lapso genial. E se o Jason entrasse no estúdio dos brothers, matasse todos os câmera-men, diretores, apoio (sim, ele seria capaz de fazer isso sozinho e andando a 2,5km/h), depois entrasse na casa, que já estaria abandonada apenas com as câmeras automáticas e matasse um por um os participantes ninfomaníacos/anoréxicas/ siliconadas/sarados, ate que ele morreria nas mãos do último casal vivo e sua máscara de hóquei afundasse nas águas de Crystal Lake, quer dizer, da piscina cheia de cloro da casa? Cara, ia ser demais.
Ninguém pensou nisso junto comigo. Mas vai sair um remake do primeiro Sexta Feira 13 no ano que vem, e eu tremo todinho nas bases quando penso nisso. O trailer parece muito bom, mesmo que as vítimas novas pareçam coelhinhas da Playboy e integrantes do Fall Out Boy. Não que eles não mereçam morrer, mas em filmes de terror fica difícil odiar o assassino quando você torce pela morte de todo mundo. Enfim, não tiveram minha idéia de misturar o Jason com o Big Brother, mas na Inglaterra, alguém foi muito além da minha concepção e ganhou minha gratidão eterna, misturou o Big Brother e uma epidemia de zumbis canibais em um único local. Confinados numa casa, se zumbis sedentos por sangue surgissem, nossos brothers seriam os últimos a saber.
Essa é a premissa de Dead Set. Série em 5 episódios que conta como o isolado estúdio do Big Brother não observa os sinais televisivos de que algo está muito errado em todo o país, e durante a eliminação de uma participante (com todo aquele povo a la Bial) a infestação chega e em cenas memoráveis, mesmo com péssimas atuações, os zumbis aos poucos vão se multiplicando e morre todo mundo. As cenas dos controladores de VT sendo assassinados, alguns até em cima de suas ilhas de edição, com o sangue respingando nas telas, enquanto os brothers dançam Grace Kelly de Mika (sim, Mika tocando durante o melhor momento da carnificina), além da apresentadora tendo o pescoço destroçado, um zumbi atacando um cadeirante de rodas, e as editoras gritando para o chefe filho da puta abrir a porta, ele não abre, e no vidro da porta o canalha observando elas sendo devoradas, são simplesmente incríveis.
Isso tudo apenas no primeiro episódio. No segundo temos participantes de um Big Brother que não sabem de nada do que aconteceu, mesmo que os espelho do lado do estúdio na casa estejam manchados de sangue. Lógico, do lado do estúdio, sobrou uma personagem, a estagiária que serve o café (sempre os estagiários) e ela vai se refugiar no único lugar que parece seguro, a casa. E então, os brothers se tornam realmente os últimos a saber. Ainda não terminei de assistir Dead Set, mas só de lembrar eu me arrepio todinho. Não de medo, mas de excitado.
Aliás, eu ando assistindo menos filmes na minha vida e mais séries. Não que eu tenha deixado minha maior paixão de lado, pelo contrário, o cinema sempre será meu maior amante, mas o momento de séries no mundo anda bastante bom há quase uma década. Meu vício atual é nas hilárias Desperate Housewives e Ugly Betty.
Desperate Housewives talvez seja o Sexy and the City as avesas, mulheres belas, gostosas, inteligentes e poderosas que apenas se dedicam a cuidar do lar, da família e viver uma vida comum. Com essa idéia, Desperate se torna fantástica por abordar que vidas comuns não existem, todos temos segredos, perversões, fantasias, mistérios e, principalmente, passado. A primeira temporada é genial, as outras são muito boas. É leve mesmo quando deveria ser pesada e me faz dar altas gargalhadas com seu humor negro. Talvez seu maior defeito seja a politização, é visível que todos lá são republicanos e votariam no McCain.
E em contrapartida temos Ugly Betty. A versão americana de Betty, a Feia, que venhamos e convenhamos, quando lançada em 2006, ninguém acreditava que daria certo. E deu, até demais. Com essa eu gargalho. Os primeiros episódios tiveram a idéia de copiar descaradamente um clássico do novo cinema pop, O Diabo Veste Prada. Se bem que eu diria parodiar. Betty é doce, companheira e ótima empregada. Mas é mais feia que um zumbi e causa tanto terror quanto um quando passa. Os roteiristas tiveram a brilhante idéia de misturar o glamour americano com a perspectiva dos países latino, que vai desde o bairro de Betty, tipicamente porto riquenho, as novelas que seu sobrinho assiste. E incrivelmente, todos os personagens possuem fortes personalidades e se tornam destaques, coisa rara.
Betty me dá saudade de filmes de zumbi, mas saem poucas coisas por ano. Eu assisti Doomsday, que parecia ser um filme de zumbis, mas que se mostrou ser uma piores coisas que saíram ultimamente. Sua fórmula é: Los Angeles - Cidade Proibida encontra Mad Max que encontra O Senhor dos Anéis. Viajou na maionese legal pra não chegar em canto nenhum.
Minhas esperanças de filme de zumbi estão no comentado anteriormente, Otto; or up with dead people. O problema é que esse é um filme de Bruce laBruce, então é o tipo de filme pra chegar com jeitinho, devagar, sem desejar saber o que você vai ver na tela. Já li críticas dizendo que assim como Todo Mundo em Pânico é uma sátira de filmes de terror, Otto é um tipo de bizarra sátira a filmes experimentais, vanguardistas e cults, por isso a citação de Godard e não alguma de George Romero. Além disso, dizem que é um filme que mistura zumbis, com pornografia, movimento punk e um filme dentro do filme. Dizem as más línguas que é difícil inovar no tema de zumbis, mas eu acho mentira. Eles são um dos maiores ícones da cultura pop de massificação e sempre serão.
Assim, aguardo ansiosamente os episódios finais de Dead Set e o lançamento de Otto, enquanto a minha idéia genial de misturar Jason com o Big Brother não brota na cabeça de um roteirista hollywoodiano.
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