sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Analisando Grandes Clássicos da Literatura

Em mais um momento de devaneio (lê-se: eu to sem nada o que escrever por aqui), o Fala Consciência trás para você querido leitor, um serviço de utilidade pública super útil, um pequeno resumo de livros marcantes para a humanidade (ou não, depende do ponto de vista, opinião é como bunda, cada um tem a sua) e uma análise precisa, meticulosa e científica-acadêmica, indo aos confins de onde poucas análises críticas literárias foram dessas mesmas obras. E ai neguinho se pergunta: "grande coisa, o que eu vou ganhar com isso?", e eu respondo: primeiro que você vai guardar na carteira pelo menos umas 500 pilas (oh! It's amazing), segundo que você vai se poupar de ler umas 5000 páginas sem figuras, (e não pára por aí) terceiro que você vai ter cultura pra colocar nas conversas de botequo quando você estiver enchendo a cara de chopp, ou ate o ponto em que você lembrar que está bebendo.

O Pequeno Príncipe
Vamos nos fixar em apenas uma parte do livro pra vocês entenderem. O capítulo da raposa. A raposa linda, ruiva e esbelta tava tranqüila, CUIDANDO DA SUA VIDA, quando chega o principizinho loirinho, dos olhos azuis, bunitinho mas ordinário. Hellowww, a raposa tava na solidão, lógico que ela vai puxar assunto, mesmo que o príncipe tenha deixado claro que estava ATRÁS DE HOMENS. Mesmo assim, a raposa visivelmente numa fossa mental resolve desenvolver laços afetivos com o príncipe-projeto-de-cafajeste. Aí beleza, viram miguxinhos, se divertam, fazem troca-troca e tals, essas coisas; a pobre da raposa já começa a esperar o cachorro as 4 da tarde, dizendo que fica feliz já as 3, quando de repente... o pilantra diz que vai dar o vaza do nada e ainda alega que "A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...". Aí a raposa se fudeu. E pra cravar o punhal no resto do coração da bixinha, o príncipe calhorda ainda faz inúmeros elogios aquela puta da rosa egoísta dele. A mesma rosa que ficou no mundo que ele fugiu porque já tava enjoado, mas logo começou a morrer de saudades. Sim, a mesma rosa egoísta e cretina pela qual ele morre. E a raposa? Deve ter sido morta na última caça a raposa nas pradarias européias.
contribuição (quase plágio descarado) do Goiano

A Moreninha
Pessoal, eu não sei vocês, mas esse livro é totalmente a favor da PEDOFILIA. Um grupo de estudantes de medicina vai pro aniversário da avó de um deles numa ilha que (pelo menos no livro que eu li) nunca dizem o nome. Eles usam como desculpa o aniversário da velha, mas o que eles querem mesmo é caçar muié. Augusto, que diz que nunca fica mais de 15 dias com a mesma mulher, ao chegar à ilha cai de amores por uma moreninha, tipo bem brasileira, de 15 anos de idade, eu disse 15. Ou seja, é a típica história do playboy gostosão e cheio da grana que come a filha da empregada. O livro tem uns momentos bem deprimentes (de ruins, não de tristes), como a história de que o Augusto deu seu coração pra menina que ele conheceu aos 13 anos e que juntos ajudaram um moribundo (que deixou de se preocupar com a morte que tava do lado e só falava de como aqueles dois deveriam casar e ser felizes, super verossímil), no fim Augusto descobre que a Moreninha é essa mesma garota. Ai eles casam e vivem felizes para sempre. Duvido, tenho certeza que aos 40 anos, o tarado do Augusto trocou a Moreninha de peitos já caídos por uma guria de 14 aninhos.

Branca de Neve e os Sete Anões
Cá entre nós, que príncipe se casaria com uma mulher que dormia numa floresta isolada com 7 homens? Eu disse SETE! Bobinho esse príncipe, não? Bem que o Dunga nunca me enganou com aquelas orelhas e aquele sorriso de tarado.


Romeu e Julieta
Eu tenho certeza que foi Shakespare que criou o princípio emo. Segue o raciocínio. Dois adolescentes pirados na batatinha se apaixonam durante uma festa em que o Romeu na verdade tava afim de dar uns pegas na Rosaline, só que ele deve ter reparado que a Julieta tinha uns peitos maiores, aí caiu por ela, mas entrou em depressão quando descobriu que ela era da família inimiga a dele. Como naquela época, cortar os pulsos com gilete não tava em moda, os dois se afundavam numa depressão cada vez maior junto a um monte de declarações meia boca. Os dois se casam com a ajuda de um Frei, mas pra fuder tudo de uma vez, o Romeu mata o primo da Julieta no dia seguinte. Depressão, mais depressão e rimas, o pior são as rimas. Romeu foge e o Frei caduco tem a genial idéia de fazer a Julieta parecer morta, assim, ela poderia fugir com o Romeu. Só que Romeu não soube disso a tempo e tomou um veneno na hora que a Julieta acordou. Julieta, fudida e mal paga, já que não tinha muita opção, se matou também. Eu acho que se o Frei tivesse feito eles fugirem juntos sem precisar ninguém se matar, eles iam viver de amor, ate que a grana acabasse e eles percebessem que amor não enche o buxo, e Julieta voltaria pra casa dos pais que já teriam ido ao Jornal Nacional em busca da menina. A história com certeza sairia na íntegra no Fantástico com uma entrevista exclusiva onde Julieta diria, "Não sou lésbica", e sua mãe afirmaria que o problema era que ela tinha engravidado muito jovem. E o Romeu? Teria virado caminhoneiro, michê, ou os dois.

O Senhor dos Anéis
Um grupo de homens muito machos saem pra destruir um anel numa montanha de fogo vigiada por um olho. Depois só dois amigos continuam a missão. Vejamos: eles querem queimar o anel? Queimar o anel, sacou, sacou?! É, eu sabia que aquele elfo nunca tinha me enganado.

Dom Casmurro
Eu não sei vocês, mas demorei um mês pra ler esse livro e quando eu o finalmente terminei só um pensamento me passou pela cabeça, o de que Machado de Assis nunca havia imaginado que o teste de DNA fosse inventado. Foram 50 páginas só de delírios do Bentinho querendo saber se Capitu deu ou não deu pro Escobar. Gente, pára e pensa, como seria maravilhoso o espetáculo do Bentinho e da Capitu no programa do Ratinho trocando cada um ofensa de um lado, ate que a Capitu partisse pra enfiar a mão na cara de Bentinho enquanto este gritasse, "Piranha, piranha sim! Tu trepou com meu melhor amigo, sua vaca. Esse filho não é meu!". Pior que isso só aquelas cartas do Bentinho pro Escobar, aí da pra ver que o Bentinho era uma bicha super pintosa. Vide trexo da obra: "Durante cerca de cinco minutos esteve com a minha mão entre as suas, como se não me visse desde longos meses. - Você janta comigo, Escobar? - Vim para isto mesmo." Pra mim é caso encerrado.
contribuição (quase plágio descarado) do Millor

Madame Bovary
Dona de casa transa com padeiro, leiteiro, carteiro... Chifre adoidado na cabeça do marido. Ela se apaixona por um tal de Leon, estudantezinho de direito, transa com ele, se endivida por causa dele até não ter mais um vintém. Sozinha, sem um tostão furado e sofrendo de depressão crônica, a mulher se mata. É o típico caso de Síndrome de Cinderela, uma quarentona, fica louca por um garotão cheio de amor pra dar, o marido médico é um saco, então vai lá e pimba. Sabe como é? Ta pegando alguém mais novo, dá aquela levantada no ego, faz se sentir mais jovem também, vai atrás de uma miguxinha e tals... Só que naquela época não existia a revista Nova, nem a Criativa, muito menos a Marie Claire, então sem um apoio moral de verdade, e pior, sem o “cantinho da leitora”, a tragédia se consolida no final. E pensar que o Gustave Flaubert foi processado pelo governo francês por causa desse romance. Para ler nesse século: O Doce Veneno do Escorpião, de Bruna Surfistinha.